Papa Francisco ao Fórum Econômico Mundial: ‘preencher as lacunas do desenvolvimento’

Termina nesta sexta-feira (24) o Fórum Econômico Mundial (World Economic ForumWEF), em Davos, na Suíça, que celebrou 50 anos neste 2020.

O Papa Francisco enviou na terça (21) uma carta aos participantes do evento, que reúne representantes das áreas de economia e finanças em todo o mundo.

Na mensagem, Francisco traz elemenos da sua encílica “Laudato si'”, notando que a humanidade passou por muitas transformações nos últimos 50 anos, na economia e no mundo do trabalho, mas também nos ambientes digitais e na tecnologia.

Mas esses avanços deixaram muita gente para trás, diz ele.

“Muitos desses desenvolvimentos beneficiaram a humanidade, embora outros tenham efeitos adversos e criaram significativas lacunas de desenvolvimento.”

Papa Francisco, Mensagem ao Fórum Econômico Mundial, 2020

Segundo Francisco, é preciso que os líderes do mundo reconheçam que “somos todos membros de uma única família humana”, dando uma atenção maior aos mais necessitados e às gerações futuras.

Por isso, temos todos “a obrigação moral de cuidar uns dos outros”, diz Francisco. E essa obrigação vem do princípio de que o ser humano deve ser o centro de toda política pública, “e não a busca de poder ou lucro”. Essse é um princípio básico da Doutrina Social da Igreja.

Criar consciência

A mensagem do Papa foi lida pelo cardeal Peter Turkson, prefeito do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, que participou do fórum.

O cardeal Peter Turkson – Foto: World Economic Forum / Greg Beadle

“Queremos criar uma consciência global para mudanças”, declarou Turkson. “Não há um segundo planeta para viver.”

Também estiveram no Fórum de Davos o Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu, um dos principais líderes da Igreja Ortodoxa, e o rabino chefe de Moscou, Pinchas Goldschmidt, que também é presidente da conferência europeia de rabinos.

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