Uma carta do cardeal Dom Claudio Hummes enviada a bispos de todo o mundo indica que deve ser publicado no início deste ano de 2020 o documento do Papa Francisco com as conclusões sobre o Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia.
Vaticanistas de vários países confirmaram essa informação no começo do ano, dizendo que o texto do Papa deve sair no fim de janeiro ou início de fevereiro.
O documento – chamado de “exortação apostólica pós-sinodal” – é uma reflexão e uma série de ensinamentos do Papa para toda a Igreja, após os debates do Sínodo.

Neste caso, obviamente, o texto do Papa é sobre a Igreja na Amazônia e os diferentes problemas sociais, ambientais e econômicos que a região enfrenta.
Aparentemente, a exortação está pronta, passando por revisão e tradução.
Alguns grupos de linha mais conservadora, que criaram forte resistência contra o Sínodo da Amazônia, interpretaram a carta de Hummes como uma espécie de aviso, para que os bispos se preparem para divulgá-la e comentá-la em comunhão com o Papa, quando for o momento.
Essa resistência ao Sínodo ocorreu especialmente por causa da possibilidade de ordenação de homens casados ao sacerdócio em algumas realidades da Amazônia; e pela eventual adoção de ritos e símbolos indígenas em liturgias.
