
Em sua mensagem e bênção Urbi et Orbi (Para a Cidade – de Roma – e para o Mundo) desta Páscoa de 2012, o Papa Bento XVI comparou a experiência de cada cristão com a de Maria Madalena, que viveu uma mudança de vida após encontrar o Cristo ressuscitado.
O pontífice também pediu paz no mundo, especialmente no Oriente Médio e na Terra Santa – com ênfase na Síria e no conflito entre palestinos e israelenses. Rezou pela população da África que vive momentos de atribulação e desejou “Feliz Páscoa” em 65 línguas diferentes. Abaixo alguns destaques nossos sobre a mensagem, que pode ser lida na íntegra aqui.
Segundo Bento XVI, foi difícil para Maria Madalena, Maria mãe de Jesus e os outros discípulos vê-lo flagelado e morto na cruz. “Com a morte de Jesus, parecia falir a esperança de quantos confiavam n’Ele. (…) Houve um momento em que Jesus aparecia derrotado: as trevas invadiram a terra, o silêncio de Deus era total, a esperança parecia reduzida a uma palavra vã”, afirmou.
Entretanto, há uma mudança radical neste clima quando o túmulo de Jesus é encontrado vazio, de acordo com o Papa. “Depois Jesus manifesta-se a Madalena, às outras mulheres, aos discípulos. A fé renasce mais viva e mais forte do que nunca, e já invencível porque fundada sobre uma experiência decisiva.”
Deste modo, o bispo de Roma compara a vivência de Maria Madalena com a de todos os cristãos. “Se Jesus ressuscitou, então – e só então – aconteceu algo de verdadeiramente novo, que muda a condição do homem e do mundo. Então Ele, Jesus, é alguém em quem nos podemos absolutamente confiar”, declarou. “Cristo é esperança e conforto de modo particular para as comunidades cristãs que mais são provadas com discriminações e perseguições por causa da fé.”

Nesse contexto, o Papa pediu a Deus que dê esperança ao Oriente Médio, “para que todas as componentes étnicas, culturais e religiosas daquela região colaborem para o bem comum e o respeito dos direitos humanos”.
Mais uma vez, Bento XVI destacou o sangrento conflito que atualmente ocorre na Síria, pedindo que o país adote “sem demora, o caminho do respeito, do diálogo e da reconciliação, como é vivo desejo também da comunidade internacional”. Também exortou os iraquianos a não poupar esforços para “avançar no caminho da estabilidade e do progresso”. E pediu a retomada “com coragem” do processo de paz entre Israel e Palestina.
O pontífice comentou brevemente o sofrimento das populações do Chifre da África, da Região dos Grandes Lagos, do Sudão e do Sudão do Sul, do Mali e da Nigéria, e pediu que Deus as conforte e “conceda-lhes esperança para enfrentarem as dificuldades”, tornando-as pacificadoras e “artífices do progresso das sociedades a que pertencem”.

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